Nos dias 11 e 12 de agosto acontece a V Marcha das Margaridas, com a presença de mais de 50 mil mulheres de todo o Brasil em marcha nas ruas de Brasília por uma série de reivindicações – dentre elas, se destacam pautas como a reforma agrária, desenvolvimento sustentável, soberania alimentar, educação, autonomia econômica e fim da violência contra as mulheres.
A Marcha das Margaridas acontece de quatro em quatro anos, tendo sua primeira edição em 2000. Trata-se de uma importante ação de luta das mulheres do campo, das águas e das florestas para a visibilidade de suas pautas. A marcha termina no dia 12, data em que Margarida Maria Alves foi assassinada por usineiros na década de 80. O nome da marcha também é uma homenagem à história de Margarida, camponesa que lutou por terra, justiça e igualdade neste país.
Os movimentos sociais envolvidos estão há meses na preparação para a ida à Brasília, com a organização de encontros, formações e de caravanas. Estarão presentes movimentos como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Marcha Mundial das Mulheres (MMM), a Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), além da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), principal organizadora da ação. Os movimentos envolvidos estão com inscrições abertas para a participação nas caravanas.
Esta semana, também como parte das atividades pré-marcha, acontece o lançamento do livro “Marcha das Margaridas”, que reúne registros fotográficos e textos sobre a história da marcha e sua relevância política. As fotos são da historiadora e fotógrafa Cláudia Ferreira, sob curadoria do fotógrafo João Roberto Ripper, e serão lançadas em livro nesta quarta-feira, 29, às 15h, no Centro de Estudos Sindical/CESIR/CONTAG, em Brasília.