No dia 24 de abril de 2017, as mulheres da Marcha Mundial se organizam em todo o mundo para ações contra a ofensiva do capitalismo sobre nossos trabalhos e vidas. No Brasil, todos os comitês da Marcha Mundial das Mulheres farão deste mais um dia de lutas contra a Reforma da Previdência e a Reforma Trabalhista de Temer. As mulheres irão se encontrar em praças, terminais e outros pontos estratégicos de todos os municípios, rurais e urbanos, onde a MMM está presente para fazer panfletagens e feiras de informação. Em São Paulo, a mobilização já está marcada das 11h às 15h na Praça do Patriarca, localizada no centro da cidade.
“Temos que fazer divulgação, muito debate, no dia 24 vamos para a rua mostrar nossa rejeição à Reforma da Previdência”, diz Nalu Faria, coordenadora da SOF e militante da MMM. A nível nacional, a data compõe a intensa agenda feminista contra o governo golpista de Michel Temer e seus retrocessos em direitos sociais. Na mesma semana, no 28 de abril, haverá o dia nacional de paralisação e mobilização, com deflagração de greves de diversas categorias e apoio de movimentos sociais, centrais sindicais, partidos e organizações que compõem a Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo.
Internacionalmente, o dia 24 posiciona a centralidade do trabalho no feminismo e relembra as cerca de mil trabalhadoras têxteis que perderam suas vidas em Bangladesh em 2013, quando ruiu o Edifício Rana Plaza, onde eram produzidas, com mão de obra feminina e precarizada, as roupas vendidas por grandes empresas transnacionais. “Nós, mulheres da MMM, reafirmamos o 24 de Abril como uma data de resistência e luta contra o poder e impunidade das TLCs e contra todas as formas de exploração capitalista neoliberal. Convidamos nossas militantes e aliados a se unirem nessa reflexão-ação sobre o seu contexto específico, incorporando suas lutas locais nesta discussão mais ampla”, diz a convocatória internacional, que pode ser lida através deste link.