Nesta semana, dias 3 e 4 de agosto, acontece o Simpósio Latino-americano de Estudos Feministas em Ciência e Tecnologia. O simpósio, organizado por pesquisadoras da UNICAMP do Departamento de Política Científica e Tecnológica (DPCT), teve origem no Simpósio Temático sobre Tecnologia Social de 2014, quando o grupo percebeu a necessidade de inserir a crítica feminista em seus debates. Segundo Márcia Tait e Bruna Vasconcellos, organizadoras do evento, o objetivo é “dar maior visibilidade ao campo e ampliar as possibilidades de diálogo com os debates sobre Ciência, Tecnologia e Sociedade, privilegiando o engajamento, aspectos políticos e perspectivas de superação do capitalismo-patriarcado”.
Fazem parte do Simpósio temas como a medicalização do corpo feminino, a presença das mulheres na tecnologia e na universidade e o debate sobre o meio ambiente. Este último, com a mesa intitulada “Gênero, meio ambiente e soberania alimentar”, terá a presença de Miriam Nobre, da SOF, com a Márcia Tait, do DPCT, e a Catiane Cinelli, do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC). Desta maneira, o Simpósio pretende reunir o debate teórico já existente no campo dos Estudos Feministas em Ciência e Tecnologia e, ao mesmo tempo, pautar temas da área das políticas de inovação e das políticas científicas e tecnológicas, que são recentes na articulação com o feminismo.
As mesas são compostas não apenas por mulheres pertencentes ao meio acadêmico, mas também mulheres representantes de movimentos sociais, com a preocupação de traçar um debate mais abrangente, unindo a perspectiva dos estudos feministas à da luta feminista popular. As organizadoras também destacam que a realização do evento no contexto latino-americano colabora na articulação das linhas teóricas às lutas e resistências colocadas pelos movimentos sociais. Segundo elas, “O cenário desigual e as especificidades dos conflitos relacionados à classe e a raça que permeiam o contexto latino-americano têm sido pouco explorados por esse campo de estudos. No entanto, as mulheres populares em luta têm sistematizado diferentes discursos e práticas que de forma explícita enfrentam o modelo hegemônico de produção do saber”.
Prezadas
Celebro essa realização e peço me informar sobre como ter acesso ao documento resultado desse encontro.
Atenciosamente
Ivânia Vieira