Nesta quinta-feira (20) aconteceu em várias capitais do país um ato nacional por mais direitos, pela garantia da democracia e contra os retrocessos. Em São Paulo, a manifestação foi convocada por centrais sindicais e movimentos sociais como a CUT, CMP, MTST, MST, MMM e UNE, entre outros. Apesar do clima chuvoso, o ato reuniu 75 mil pessoas em trajeto que se encerrou na Avenida Paulista, em frente ao vão do MASP.
O ato se colocava contra o golpismo, as tentativas de impeachment e o saudosismo conservador da ditadura militar. Ao mesmo tempo, também rechaçava as políticas do deputado Eduardo Cunha, a Agenda Brasil proposta por Renan Calheiros, e reivindicava alternativas às atuais políticas econômicas que favorecem apenas as elites do país, como é o caso do ajuste fiscal e dos cortes realizados em esfera nacional.
Esteve presente um bloco feminista, organizado pela batucada da Marcha Mundial das Mulheres, que trazia palavras de ordem contra as políticas neoliberais, o conservadorismo e o machismo, entendendo que estes três eixos andam de mãos dadas. Segundo Maria Fernanda Marcelino, da Marcha e da SOF, “o ato é fundamental para mandar um recado, não só pra Dilma, mas para as elites brasileiras. Somos contra o golpe, porque aceitamos a decisão do povo brasileiro, mas também somos contra o ajuste fiscal. Quando se precariza, se reduz investimento em serviços públicos, e esses serviços recaem sobre as mulheres”.