Nos dias 3 e 4 de setembro, o Centro Cultural da Juventude será palco da segunda edição da Virada Feminista, uma iniciativa da SOF Sempreviva Organização Feminista e da Marcha Mundial das Mulheres em parceira com mulheres do mundo das artes, da produção cultural e da economia solidária. Com o tema “A resistência que transforma”, a segunda edição do evento vai reunir mulheres de diversas modalidades culturais.

Em 2015, a primeira edição da Virada Feminista reuniu mais de 100 mulheres colaboradoras, entre organização, arte, oficinas e técnica. Este ano, a Fuzarca Feminista, coletivo de jovens da Marcha Mundial das Mulheres, se organizou para lançar uma campanha online de financiamento coletivo do evento.

A campanha

Assim, pretendem colaborar para que as 24h consecutivas de shows, teatro, dança, grafite, culinária, debates e oficinas sejam uma realidade em toda a sua potência. “Para promover uma cultura feminista, não basta que as mulheres sejam assunto ou a voz de obras artísticas, mas a invenção de um processo que questione a competitividade, a hierarquia e a divisão alienada de tarefas”, dizem as militantes em seu projeto.

A primeira meta do projeto é a arrecadação de 25 mil reais, que garantirá uma feira de economia solidária, a contribuição simbólica do trabalho das artistas, oficineiras e técnicas, a alimentação da equipe e o material de arte para as oficinas e intervenções. A segunda meta, 37 mil reais, inclui um palco externo, para que os shows sejam realizados na rua em frente ao Centro Cultural.

As resistências das mulheres

A escolha do tema “A resistência que transforma” é fruto de um debate extenso da SOF e da Marcha Mundial das Mulheres sobre as respostas feministas ao avanço do conservadorismo, da violência e das desigualdades sociais nas cidades. Enquanto o machismo tenta transformar os corpos femininos em objetos de consumo, as distâncias – geografias e sociais – produzidas nas cidades aprofundam as desigualdades entre mulheres e homens, brancas e negras, pobres e ricos. Submetidas a uma intensa jornada de trabalho e responsáveis por todo o cuidado com a casa e a família, as mulheres são excluídas de vivenciar a cidade em tudo que ela pode oferecer.

Estar no espaço público pode significar para as mulheres possibilidades de serem deslegitimadas, desrespeitadas, assediadas e violentadas. Ao mesmo tempo, ocupá-lo é uma das mais fortes demonstrações de resistência. Nas ruas, praças, palcos e palanques, as mulheres demonstram coletivamente que são as protagonistas da transformação de suas próprias vidas e do mundo.

A Virada Feminista reunirá mulheres artistas, militantes, estudantes, jovens e interessadas em cultura fortalecendo o feminismo como uma forma de resistência cultural e como um projeto coletivo de transformação social.

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Contribua!

www.catarse.me/viradafeminista2016
Virada Feminista: A Resistência que Transforma
3 e 4 de setembro, das 17h às 17h
Gratuito e aberto a todos os públicos
Centro Cultural da Juventude – Av. Dep. Emílio Carlos, 3641, Vl Nova Cachoeirinha, São Paulo