No final de outubro, a feminista negra norte-americana Patricia Hill Collins participará de uma conferência aberta na Universidade de São Paulo (USP), com o tema “O pensamento feminista negro: desafios contemporâneos e novas perspectivas”. A atividade será no dia 29 de outubro, às 17h, na FFLCH, e não requer inscrição prévia. Haverá tradução para o português.

Patricia Hill Collins é professora emérita de sociologia da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, e ex-presidenta da Associação Americana de Sociologia (ASA). Das 19h às 20h, após a conferência, Patricia fará, no Saguão do prédio de História, uma sessão de autógrafos de seu livro “Pensamento feminista negro”, publicado originalmente em 1990 e traduzido para o português em 2019 pela Boitempo. O livro dialoga com o trabalho de Angela Davis, Alice Walker e Audre Lorde, entre outras, e discute temas como o trabalho, a família, a sexualidade e o ativismo na perspectiva das mulheres negras. “Pensamento feminista negro” trouxe importantes contribuições para o feminismo antirracista, ao observar a inter-relação das opressões de raça, classe e gênero.

Em 2015, a SOF publicou “Reflexões e práticas de transformação feminista”, edição dos Cadernos Sempreviva onde consta a tradução de um artigo de Patricia Hill Collins. Seu texto, “Em direção a uma nova visão: raça, classe e gênero como categorias de análise e conexão”, foi apresentado originalmente na abertura do workshop “Integrando raça e gênero no currículo universitário”, realizado em 1989 no Centro de Pesquisa sobre Mulheres da Universidade de Memphis. O caderno está disponível online.

Na introdução do caderno, Tica Moreno e Nalu Faria localizam a forma como a reflexão de Patricia Hill Collins tem contribuído com a prática política feminista: “no pensamento desta feminista negra que vive nos Estados Unidos, a teoria caminha entrelaçada com a ação política, e sua reflexão pontua que a hierarquização entre as opressões é infrutífera e reproduz a lógica do pensamento dicotômico que contribui muito pouco para transformações sociais profundas, que alcance as bases materiais das desigualdades e a subjetividade das pessoas. Muitas vezes as conexões entre gênero e raça, ou gênero e classe, se dão de forma paralela no feminismo. A visão proposta neste texto dá conta de compreender as conexões entre gênero, raça e classe”.

cartaz-hillcollinsQuando:
29 de outubro, às 17h

Onde:
Auditório Nicolau Sevcenko
Prédio de História e Geografia – FFLCH
Av. Prof. Lineu Prestes, 338