No começo de dezembro, foi lançada a 20ª edição da publicação anual do livro Direitos Humanos no Brasil. O relatório de 2019 coincide com os 20 anos da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos. Em seguida do prefácio de Chico Alencar, a primeira parte é composta por cinco artigos que fazem um balanço dos direitos humanos sobre questões agrária e urbana, trabalho e liberdade de manifestação no período de 2000 a 2019. A segunda parte analisa os direitos humanos em 2019, com 23 artigos sobre direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais.
Em São Paulo, o lançamento foi no SESC Bom Retiro, com homenagens e apresentação musical. No Rio de Janeiro, aconteceu durante a entrega do prêmio João Canuto de Direitos Humanos.
A publicação tem artigos de pessoas e movimentos importantes na luta por justiça e igualdade no Brasil. O trabalho de articulação a partir do relatório visa “incluir temas com os quais diversos setores da sociedade possam se identificar como, o direito ao trabalho, educação, saúde, cultura, habitação, alimentação e terra”, segundo a Apresentação do livro.
Thandara Santos, Renata Moreno e Helena Zelic foram responsáveis por um dos artigos, intitulado Desafios feministas no enfrentamento à violência e ao feminicídio. O texto traz dados sobre a violência contra as mulheres no Brasil, recupera as mudanças de paradigma a partir das políticas desenvolvidas no âmbito da Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres (SPM) e os desafios postos a partir das novas tensões em torno do patriarcado, como o aumento do conservadorismo e o incentivo ao porte de armas.
“Um dos objetivos da publicação é ampliar o próprio conceito que a opinião pública tem em relação aos direitos humanos para contribuir com o fortalecimento das demandas da sociedade organizada por direitos fundamentais. Os 28 artigos do livro são escritos por especialistas nos temas, os quais participam de movimentos populares e da comunidade acadêmica. Neste momento de repressão, ruptura com o processo democrático e crescentes ataques aos defensores/as de direitos humanos, a publicação do livro representa um instrumento de denúncia e resistência”, escreveram as organizadoras.
O livro está disponível para leitura online no site da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos.