Saiba como foi o processo, desde a aproximação da SOF com o Esperança Vermelha, até a mesa cheia, com alface, tomatinho, beterraba e outros alimentos que fazem parte da horta e do prato das/os moradoras/es.
Em dezembro de 2018, a SOF realizou o seminário “A centralidade do trabalho na resistência feminista anticapitalista”, no centro de São Paulo, com a participação de mulheres representantes de várias organizações: Marcha Mundial das Mulheres, MTST, CONTAG, UNE, entre outros. O diálogo gerou um novo encontro, em março de 2019, entre as mulheres do MTST e da SOF, para fazer uma horta agroecológica no Condomínio Esperança Vermelha, localizado na Zona Leste da capital. O Condomínio é uma conquista popular, fruto da luta e da ocupação do movimento no território.
Foram cinco encontros na horta, que agregou a participação do movimento da permacultura e de membros do MTST de outras brigadas, como a saúde e a infraestrutura. Fazer a horta também aproximou as mulheres do MTST com a rede das agricultoras urbanas de São Paulo.
Impulsionar a horta é uma ação que tem o objetivo de garantir sustentabilidade quanto à alimentação das catorze famílias moradoras do condomínio. “Nós sabemos que é necessário ter uma alimentação saudável e temos uma área onde queremos construir nossa sustentabilidade e autonomia da alimentação das nossas famílias nessa horta”, disse uma das lideranças.
Hoje, começo de 2020, a horta já faz parte do cotidiano das moradoras e moradores do Esperança Vermelha, e os alimentos ali produzidos vão direto para a mesa da comunidade. A agrônoma Vivian Franco participou do processo e nos conta suas impressões: “através da agroecologia, essas alianças fortalecem as mulheres, criam oportunidades e, com amor, força de vontade e resistência, o condomínio tem uma horta em expansão. De tomatinho cereja à alface, à beterraba, do feijão às inúmeras plantas medicinais já existentes na área, esta é uma terra que fertiliza sonhos e realidades”.
Bom dia
Este trabalho é tão importante para nós mulheres