A publicação Mulheres em movimento sustentam a vida: as ações de solidariedade da Marcha Mundial das Mulheres no Brasil é fruto de um processo coletivo de sistematização das ações de solidariedade realizadas pela Marcha Mundial das Mulheres desde março de 2020, quando a pandemia de Covid-19 teve início. A sistematização foi feita pela MMM e pela SOF no segundo semestre de 2021.
Nesse processo, construído a partir de conversas coletivas, relatos enviados pelos comitês estaduais da MMM e intercâmbios de experiência, pensamos juntas sobre a solidariedade feminista, nos apropriando do que foi feito em cada território onde estamos organizadas. Além disso, refletimos sobre essas ações e sobre quais relações – entre as pessoas, entre as pessoas e a natureza, com o trabalho, com a comida, com a terra e com o cuidado – queremos seguir fortalecendo com elas e a partir delas.
Para a MMM, a solidariedade sempre foi um princípio da organização feminista que se, concretiza nas práticas políticas cotidianas e na defesa dos direitos das mulheres, das trabalhadoras e dos trabalhadores. Desde o primeiro semestre de 2020, essas práticas concretas promovidas pelas mulheres em movimento nos territórios ganharam dimensões ainda maiores. Conforme contamos nessta nova publicação, elas deram forma à atuação da Marcha nos estados durante o último período.
Em sua diversidade, as iniciativas de solidariedade feminista colocaram e seguem colocando a vida no centro. Cuidados em saúde, distribuição de alimentos e de kits de higiene, construção e fortalecimento de cozinhas e hortas comunitárias, iniciativas para geração de renda e de autonomia econômica para as mulheres estão entre as inúmeras ações feitas em todos os cantos do país. Com criatividade, em aliança com outros movimentos sociais e fortalecendo a relação entre campo e cidade, denunciamos o capitalismo patriarcal e racista e a política genocida do governo Bolsonaro.
A publicação está dividida em quatro partes. Na primeira, falamos sobre o papel das mulheres para sustentar a vida, sobre as respostas coletivas à crise e sobre a solidariedade como princípio da organização feminista. Na segunda, sistematizamos as reflexões sobre a intensificação do conflito entre o capital e a vida e sobre a fome, que, longe de ser um problema conjuntural, é uma consequência do modelo econômico vigente. Na terceira, há um resumo das muitas ações realizadas pela MMM nos estados, desde o início de 2020. Por fim, na quarta parte, destacamos os aprendizados coletivos e os horizontes de construção da vida em comum que ficam apontados para nós.
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Assista o vídeo que conta um pouco dessa história: