Nos dias 15 e de 16 de março, a SOF e outras organizações e coletivos de mulheres produtoras agroecológicas e da economia solidária estiveram reunidas em atividades do projeto “Nós: criação, trabalho e cidadania”, no SESC Registro, interior de São Paulo.
A inciativa do SESC Registro é conjunta com o grupo de consumo responsável de Registro da Rede Esparrama (rede de entregas mensais da RAMA) com proposta de fazer rodas de conversa com as agricultoras e outras parceiras. A RAMA se organizou para que em cada encontro as duas representantes sejam de grupos diferentes num revezamento entre os 11 grupos que compõem a rede. Nas atividades também participam estudantes do Instituto Federal de São Paulo e da UNESP de Registro, fortalecendo também o intercâmbio com estudantes e o programa curricular de aulas de professoras que também são integrantes do grupo de consumo responsável.
As atividades envolveram a exibição do filme “Vida em Mutirão” no dia 15/03, seguida de uma conversa com Marília Santana, diretora do filme, e Jane Santos, agricultora da RAMA (Rede Agroecológica de Mulheres Agricultoras da Barra do Turvo). No dia seguinte (16) foi a vez de uma roda de conversa sobre experiências de organização das mulheres na produção de alimentos agroecológicos, na economia solidária, assim como as histórias de luta e de trabalho, com mulheres da Amesol (Associação de Mulheres da Economia Solidária Feminista), a UMPES (União de Mulheres Produtoras da Economia Solidária de Peruíbe), Coletivo Mulheres Quilombolas na Luta e a RAPPA (Rede de Agricultoras Paulistanas Periféricas Agroecológicas).
Para Marilia, a exibição do filme e os debates gerados em espaços como o de SESC são muito importantes para fortalecer a conexão dos debates e alternativas das mulheres da agroecologia feminista e meio da arte e cultura.
Ela compartilha no relato: “Hoje junto com essa rede de mulheres e coletivos eu vejo quantos “presentes possíveis” estão sendo construídos, batalhados e vividos todos os dias. Mulheres que trabalham criando alternativas sustentáveis e responsáveis, que cuidam dos seus territórios para os seus e para os outros…. É essa voz que queremos mostrar e colocar nos materiais audiovisuais. Também agradeço a SOF pelo desafio de fazer o “Vida em Mutirão” acontecer. A oportunidade que a SOF nos ofereceu de poder criar um filme, mostrando as potencialidades da RAMA, o trabalho feminista e coletivo que elas desenvolvem nas organizações dos mutirões e a diferença que fazem nos seus territórios, isso sim é viver um presente possível, é usar o nosso trabalho como ferramenta para ajudar na contação de registros tão importantes”.
Já na roda de conversa do dia 16, foi o momento de reunir diferentes relatos de experiências e de lutas das organizações citadas acima e contou também com a participação do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e mediação do Grupo de Consumo Responsável de Registro. Segundo as participantes, “um dia de trocas de experiências e saberes”!
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