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Esta publicação é baseada na elaboração coletiva das mulheres que participaram do ciclo de oficinas “Apurando horizontes feministas sobre o colapso ecológico”. Os encontros foram criados a partir de uma necessidade de avançar nas reflexões sobre as inter-relações entre o feminismo e o antirracismo nos debates sobre ecologia, agroecologia e natureza em que estamos inseridas. Queríamos aprofundar nossas reflexões e encontrar pistas de como construir coletivamente uma visão que oriente os debates de forma feminista, anticolonial e não antropocêntrica.
O nome “apurando” nos apareceu para descrever esse momento porque pensamos nas mulheres agricultoras agroecológicas que fazem melado e ficam pacientemente concentradas apurando o caldo de cana até ele chegar no ponto. Pensamos que as oficinas seriam um momento de, em aliança, apurar nossas reflexões em um caldo comum de análise sobre o momento em que vivemos. Apurar o caldo para chegar no ponto, ou mais perto dele.
Nesses encontros, reunimos companheiras de diferentes organizações e movimentos sociais que estão conosco em luta para compartilhar reflexões sobre esses assuntos: mulheres da Marcha Mundial das Mulheres, do movimento agroecológico, do movimento negro, que estão conosco em luta contra a mercantilização da natureza.
Construímos um espaço para a interlocução, a troca de experiências e perspectivas e, principalmente, de elaboração conjunta. Propusemos leituras prévias para todos os encontros e sempre iniciamos com uma breve apresentação dos textos para seguir com o debate, que foram sobre aspectos dos textos mas também, principalmente, sobre reflexões que as mulheres traziam da sua prática política.
A publicação foi realizada com apoio da Fundação Rosa Luxemburgo – Brasil Paraguai