Os Cadernos Sempreviva existem desde 1997, com o objetivo de reunir debates feministas e sistematizar as reflexões e ações das mulheres em movimento no Brasil e no mundo. “Capitalismo digital, comunicação e construção de movimento” e “Neoliberalismo, trabalho e democracia” são os títulos das novas edições dos Cadernos Sempreviva, produzidos pela SOF em 2020 e lançados agora neste início de 2021.
Os Cadernos levam o mesmo subtítulo, “Trilhas Feministas”, porque foram elaboradas em movimento, sistematizando práticas e reflexões a partir do feminismo, e trazem debates sobre comunicação, capitalismo digital, economia, neoliberalismo e democracia. 2020 foi o ano que a vida das mulheres foi agressivamente impactada pela covid-19, o que demandou muito esforço coletivo para sustentar a vida em meio à crise sistêmica impulsionada pela pandemia. As publicações são frutos dos ciclos de debates e formação virtual que a SOF realizou virtualmente, junto com companheiras da Marcha Mundial das Mulheres. Os encontros debateram os novos desafios impostos à vida das mulheres pelo capitalismo neoliberal, racista e patriarcal e as armadilhas de suas “inovações”. Junto à crítica a esse modelo de exploração, acumulação e apropriação da vida humana e da natureza, está a elaboração de alternativas feministas, pautadas pela igualdade e pela necessidade de colocar a vida no centro.
A pandemia escancarou e aprofundou as desigualdades. No volume “Neoliberalismo, trabalho e democracia” as autoras Clarisse Goulart Paradis, Franciléia Paula de Castro, Mariana Lacerda, Marilane Teixeira, Miriam Nobre, Nalu Faria e Sarah Luiza de Souza Moreira respondem a esse cenário e recuperam as reflexões já elaboradas a partir da economia feminista para analisar as dinâmicas de precarização da sociedade aprofundadas pela covid-19. A partir de uma lente que enxerga as ações das mulheres para manutenção da vida como atividade econômica, os textos mostram que “recuperar a economia” não significa recuperar os cofres das grandes empresas; e sim apontar para uma economia de regeneração da vida, da biodiversidade e das comunidades como aposta política.
Já no caderno “Capitalismo digital, comunicação e construção de movimento”, os textos de Adriana Vieira das Graças, Fabiana de Oliveira Benedito, Helena Zelic, Natália Lobo, Renata Moreno e Silvia Ribeiro buscam revelar mecanismos do capitalismo digital que atacam os processos de emancipação dos povos. Os textos formam, juntos, uma crítica às dinâmicas tecnológicas de mercado que adentram o cotidiano, no trabalho e na vida das mulheres, do campo e da cidade. A soberania alimentar; a recusa das propriedades privadas, sejam materiais ou digitais; e o direito à informação são alguns dos pilares para a construção de possibilidades e alternativas na disputa contra o capitalismo digital.
Juntos, os artigos reunidos nos Cadernos Sempreviva insistem na necessidade de enfrentar a emergência sem perder o horizonte da transformação social. Transformar a economia a partir do feminismo caminha lado a lado com a recuperação e a radicalização da democracia, e marca as trilhas feministas que seguimos percorrendo.
Os dois Cadernos estão disponíveis gratuitamente em PDF ou no formato e-book. A versão impressa pode ser comprada com a livraria da Editora Expressão Popular pelo site. E os assinantes do clube do livro da Expressão Popular receberão os novos cadernos nos meses de janeiro e fevereiro!
PARA FAZER DOWNLOAD GRATUITAMENTE:
- Caderno Sempreviva “Capitalismo digital, comunicação e construção de movimento – Trilhas Feministas”
Autoras: Adriana Vieira das Graças, Fabiana de Oliveira Benedito, Helena Zelic, Natália Lobo, Renata Moreno e Silvia Ribeiro
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- Caderno Sempreviva “Neoliberalismo, trabalho e democracia – Trilhas Feministas”
Autoras: Clarisse Goulart Paradis, Franciléia Paula de Castro, Mariana Lacerda, Marilane Teixeira, Miriam Nobre, Nalu Faria e Sarah Luiza de Souza Moreira
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Publicação: Sempreviva Organização Feminista
Apoio: Fundação Heinrich Boll Brasil