Na última terça-feira, 18/05, aconteceu o encerramento do “Módulo 1 –  Fundamentos e inter-relação entre agroecologia e feminismo”. Com a participação de até 30 pessoas, o módulo faz parte da segunda edição do ciclo de formação  Alternativas Feministas e Agroecológicas. Esse é um processo de formação-elaboração a partir das práticas agroecológicas,  feministas e antirracistas para refletir, propor e agir no  fortalecimento da aliança entre campo e cidade.

Acolhido pelo Instituto Federal de São Paulo – Campus São Miguel Paulista, fez parte do primeiro encontro a apresentação do ciclo, levantamento de expectativas, debates sobre feminismo, agroecologia e antirracismo, além de conhecer e plantar na horta agroecológica do IF.

“Expectativa: Conhecer os movimentos de resistência femininas ligados aos saberes ancestrais. Conhecer as mulheres que estão na luta. Formar vínculos. Fortalecer a rede de resistência.” participante do curso

Leia mais aqui sobre o primeiro encontro.

Aprendendo com as agricultoras da RAMA

O ciclo está organizado em 4 módulos, contando com aulas teóricas, uma saída de campo e, por fim, uma roda de conversa de síntese. Neste, a saída de campo foi realizada junto ao 8º Intercâmbio da Rede EsparRama na Barra do Turvo no Vale do Ribeira. Fez parte do campo as vivências com as agricultoras da Rede Agroeoclógica de Mulheres Agricultoras da Barra do Turvo  – RAMA, além de conhecer a experiência da EspaRama.

Nesse texto não cabe tudo que vivi, vi, conversei e senti nesses dias de intercâmbio.Sinceramente foi uma experiência que marcou a minha vida e acho que me deu mais forças para continuar acreditando que o novo mundo novo é diferente quando a gente consegue trabalhar de maneira cooperativa.” Letícia

Leia mais aqui sobre esses dias de trocas de experiências.

Refletindo coletivamente sobre o caminho percorrido

Na roda de conversa de síntese partilhamos as reflexões sobre como o feminismo e o antirracismo transformam as relações com o que se come e com a natureza:

“[…] Ir para o intercambio me fez refletir sobre a minha relação com a comida e toda a cadeia de produção, sempre fiquei preocupada em sobreviver e percebi que nunca tinha pensado o que eu comia, me permiti ser cuidada pela agricultora Dona Francisca e não lembrava que era bom receber afeto e percebi o quanto estava cansada. Me questionei sobre o meu papel e como posso contribuir daqui para frente.” Juliana

O encontro virtual ainda contou com avaliação do módulo e próximos passos do ciclo. Leia a seguir os próximos módulos que ainda acontecerão esse ano: 

  • Módulo 2: “Entre o mercado e autogestão: desafios,  contradições e lutas das redes alternativas de comercialização de  alimentos agroecológico”, entre junho e julho de 2024, acolhido pela UFABC.
  • Módulo 3: “Ancestralidade e raça, nossas trilhas-roças”, entre agosto e setembro de 2024, acolhido pelo SESC Itaquera.
  • Módulo 4  “Políticas públicas de fortalecimento da agroecologia e das mulheres agricultoras”,  entre outubro e novembro de 2024, acolhido pelo Instituto das Cidades  do campus zona leste da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

O clico de formação é construído pela SOF – Sempreviva Organização  Feminista, os campi São Miguel Paulista e Registro do Instituto Federal  de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), a RAPPA – Rede de  Agricultoras Periféricas Paulistanas Agroecológicas, o SESC Itaquera, o  CRU-Solo e Universidade Federal do ABC (UFABC), o Instituto das Cidades  do campus zona leste da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp),  contando com o apoio da Fundação Rosa Luxemburgo.

Confira o vídeo com a memória deste módulo: