De janeiro até agora, foram 5 Feiras de Economia Feminista e Solidária, organizadas pela Associação de Mulheres da Economia Solidária (AMESOL) em parceria com o Ponto de Economia Solidária do Butantã. Em 2017, esta parceria com o espaço já tinha acontecido e sido muito positiva, com a realização de 3 feiras. Mas 2018 trouxe consigo novidades e desafios ao criar uma periodicidade das feiras, que passaram a ser mensais.
Feiras periódicas
São em torno de 50 empreendimentos que participam de cada feira, todos compostos só por mulheres ou por maioria de mulheres. Os empreendimentos trabalham com produção de alimentação, vestuário, artesanato com materiais sustentáveis, ecoturismo etc.
As feiras mensais são interessantes porque criam uma dinâmica entre as artesãs. Coletivamente, elas organizam cada feira, decoram o espaço, divulgam na região e fazem avaliações posteriores. Em todas as feiras, fazem rodas de conversa ou oficinas, criando assim espaços de aprendizado, debate, troca e aperfeiçoamento.
Já foram temas, por exemplo, a postura corporal no trabalho, a saúde das mulheres, a economia feminista e a luta pela democracia. As apresentações musicais trazem riqueza e diversidade cultural às feiras. Por elas, já passaram grupos de samba, maracatu, música andina e popular brasileira.
O período mensal também cria uma nova rotina de produção e venda dos alimentos e artesanatos. Além disso, aposta em fortalecer uma dinâmica no bairro, entre os moradores do Butantã, que passam a frequentar mais o espaço tranquilo e acolhedor do Ponto de Economia Solidária.
Feira Nacional da Reforma Agrária
No começo de maio, além da Feira no Butantã, a AMESOL participou da 3ª Feira Nacional da Reforma Agrária, organizada pelo Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Faz três anos que a Feira acontece no Parque da Água Branca, no bairro da Barra Funda. Gigante, conta com centenas de barracas de alimentos produzidos de forma saudável e agroecológica, vendidos pelos próprios assentados/as – mais de 900, vindos/as de todos os estados do país, vendendo mais de 300 mil toneladas de alimentos.
A AMESOL esteve presente com uma barraca de artesanatos e uma de alimentação, produzindo pratos típicos da região sudeste que foram muito elogiados. Para Flávia Mota, artesã associada à AMESOL, “é legal estar lá porque valoriza os pequenos produtores, como nós”. A Feira também foi um momento importante para enfrentar os desafios do trabalho conjunto: dividir as mesas de venda entre muitas produtoras, pensar esquemas de organização que fossem justos para todas, formas de dividir o trabalho etc.
Em 14 de julho, está prevista mais uma Feira de Economia Feminista e Solidária. Como de costume, a feira acontece no Ponto de Economia Solidária do Butantã, na Avenida Corifeu de Azevedo Marques, 250, das 10h às 18h.
Para o segundo semestre, estão previstos mais espaços de cultura, exposição de produtos, alimentação saudável e troca de conhecimentos e de afetos. Fiquem de olho nos próximos passos das mulheres da Economia Solidária! Para acompanhá-las nas redes sociais, siga-as no Facebook ou no Instagram.
Maravilhosa esta reportagem! Só veio para nos fortalecer ainda mais!Nos mostra o quanto é importante a nossa luta unidas!A Economia SOlidária é o futuro!”Para Frente e para o Alto!” Avante Companheiras!