Desde o início de 2015, a SOF se tornou um Ponto de Cultura Feminista da cidade de São Paulo. O projeto prevê diversas atividades, pontuais ou contínuas, de difusão, debate e criação cultural. As atividades, voltadas para mulheres, envolvem um diálogo constante sobre a situação feminina na sociedade e também suas possibilidades de atuação no campo da cultura e da comunicação.
O Cinequintal Feminista e a Criptoficina, projetos do ponto de cultura, foram realizados no mês de março na sede da SOF, em São Paulo. O Cinequintal Feminista teve sua primeira sessão no dia 25 de março, com o filme “Cairo 678”, do diretor egípcio Mohamed Giab. A proposta é que, toda quarta quarta-feira do mês, façamos uma exibição gratuita de uma obra cinematográfica que discuta a vida das mulheres no mundo.
“Cairo 678”, o primeiro filme, retrata o assédio sexual nos espaços públicos – principalmente no transporte – sob a ótica de três mulheres diferentes. A lista de filmes foi selecionada com base na diversidade geográfica e temática, mas também com o objetivo de impulsionar o debate sobre a realidade das mulheres no Brasil.
De abril a junho, serão exibidos os filmes “Pão e rosas” (Ken Loach), “A fonte das mulheres” (Radu Mihaileanu) e “E agora, para onde vamos?” (Nadine Labaki). A seleção permite discutir temas como o trabalho, a água e a guerra, e de que forma ocorrem seus impactos sobre as mulheres, tanto lá quanto cá. No segundo semestre, haverá uma sessão especial do Cinequintal Feminista: a exibição do filme “Tão longe é aqui”, documentário gravado em cinco países africanos, contará com a presença da diretora, a brasileira Eliza Capai.
A Criptoficina para mulheres ocorreu no dia 28 de março, sábado, durante a tarde. A atividade foi proposta pelo coletivo Actantes, ministrada por Patrícia Cornils e Fernanda Becker, e foi parte da programação “Criptosampa: criptografia para todos a céu aberto”, planejada pelo coletivo. Com a presença de pelo menos 25 mulheres, a oficina trabalhou as pautas da segurança na rede e do domínio das ferramentas de comunicação inseridos no contexto da militância feminista. Foram indicados materiais de estudo, programas alternativos, aplicativos e métodos de criptografia e segurança. A Criptoficina para mulheres foi transmitida online em tempo real pela TV Drone e pode ser acessada neste link.
2015 ainda contará com diversas atividades, dentre oficinas, debates, festivais, filmes, música, entre outros. A SOF pretende, assim, unir a cultura e o feminismo para movimentar as mulheres e incentivá-las a fazer, cada vez mais, uma cultura que se identifique com as suas pautas.
Os convites para as próximas atividades serão veiculados através do Facebook, do Portal SP Cultura e do Boletim da SOF, por email. Não perca!
***
Fotos do Cinequintal feminista #01:
Fotos da Criptoficina para mulheres:
Mais fotos neste link.