A SOF e a Marcha Mundial das Mulheres lançaram no final de 2016 a campanha “Sem culpa nem desculpa! Mulheres livres da violência!”, com o objetivo de denunciar e combater a violência contra as mulheres e fortalecer o movimento feminista nas regiões do país.
Os materiais de campanha foram ilustrados pela artista plástica Biba Rigo, que também ilustrou outras campanhas da Marcha Mundial das Mulheres, da Marcha das Margaridas, entre outras atividades nas últimas décadas. Os materiais já estão rodando o Brasil, acompanhando as atividades de formação e debate feminista sobre o enfrentamento à violência. Para ter acesso online aos materiais, clique aqui.
No folheto da campanha, explicamos o que significa a violência dentro do sistema patriarcal e capitalista, como se vê no seguinte trecho: “a violência machista é um mecanismo de controle e de poder dos homens sobre as mulheres. Essa violência é resultado de um sistema de dominação masculina. Em nossas ações, queremos ecoar nossas vozes para dizer: ‘violência contra as mulheres: sem culpa, nem desculpa!’ Não somos as culpadas pela violência contra nós e não há desculpa para justificar a agressão dos homens”.
Além disso, colocamos a necessidade de construir a autonomia para sair de situações de violência e de planejar as políticas públicas para além de seus atuais limites. Para avançar na luta por uma vida sem violência, listamos alguns pontos: desnaturalizar a violência; fortalecer a auto-organização, a denúncia e a solidariedade das mulheres; prevenir através da conscientização e da educação; superar a violência institucional; estar em mobilização feminista constante para superar a violência e as desigualdades de classe, gênero e raça.
“O feminismo é parte das resistências que hoje ocupam as ruas, os roçados e as redes em todo o Brasil. As mulheres vão para as ruas defender a democracia. Denunciam a misoginia, ou seja, as atitudes de ódio às mulheres, disseminadas nos meios de comunicação e cada vez mais na internet. As mulheres ocupam as escolas em defesa da educação. Enfrentam o racismo. Defendem seus territórios e modos de vida frente ao avanço da mineração, do agronegócio e das empresas transnacionais que contaminam a água, a terra e os alimentos. Defendem a igualdade, a autonomia e a liberdade de todas mulheres.”