Nós da Marcha Mundial das Mulheres de São Paulo nos solidarizamos com as 68 famílias do assentamento Milton Santos, região de Campinas/SP, que conquistaram o direito à terra em dezembro de 2005 e hoje correm o risco de serem expulsas de suas casas numa ação reacionária do judiciário brasileiro.
Sabemos que um dos maiores problemas sociais vividos pelo Brasil é gerado pela concentração de terra em latifúndios que tem sua produção baseada no monocultivo voltado para exportação, com uso extensivo de agrotóxicos. Tal modelo tem se mostrado um perverso mecanismo de geração de miséria, concentração de renda e reprodução de desigualdades.
Nos somamos a essas famílias, em especial à mulheres do assentamento, que sofrerão os impactos mais diretamente caso a reintegração de posse venha a se efetivar.
Estamos atentas a essa tentativa de injustiça e nos postamos ao lado de quem produz alimentos com bases na agricultura familiar e camponesa, e reivindicamos do governo federal a imediata desapropriação da área para os/as que ali moram possam seguir vivendo e trabalhando dignamente.
Marcha Mundial das Mulheres de São Paulo